O que dizem os pediatras especialistas sobre este assunto?

A psicóloga do Centro Especializado em Reabilitação José Leonel Ferreira Aquino (CER IV), Marluce Lima, explica como o uso excessivo de celulares, tabletes e do próprio computador pode afetar no desenvolvimento das crianças. Marluce também recomenda o uso limitado e proporcional às idades e às etapas do desenvolvimento. Ela afirma:

“Os estudos comprovam que para menores de dois anos, o ideal é evitar qualquer tipo de exposição. Já para as crianças entre dois e cinco anos, a orientação é de uma hora com a supervisão dos pais ou cuidadores. Entre 6 e 10 anos, seria de duas horas com a supervisão de um responsável e entre 11 e 18 anos, de três horas, evitando o período da noite.”

Como podemos ver, os especialistas concordam sobre esse assunto baseados nos estudos que vem sendo desenvolvidos atualmente por causa do uso indiscriminado desses aparelhos; e não recomendam para bebes até dois anos e depois dessa idade com muita restrição e acompanhamento.

O uso de telas nas igrejas

Por isso, nas nossas igrejas, não podemos levar indiscriminadamente a tevê para nossa sala. O que quero dizer com isso? Que agora vamos tirar todas as nossas tevês da sala e impedir que as crianças usem os celulares? Não, de jeito nenhum. Além da sua tevê ter sido um investimento, ela pode ser bem utilizada dentro de um bom planejamento.

Quando o professor associa o uso da tela da tevê ou do celular à sua aula, ele estará fazendo uso controlado com tempo controlado. O que não pode é o professor chegar na sala, ligar a tevê e deixar durante todo culto em funcionamento sem nenhuma intencionalidade. Aquele barulho e as imagens sendo jogadas na sala não alcançaram nenhum objetivo.

As orientações dos profissionais é que as crianças até 2 anos não tenham o às telas. Então, de que maneira poderemos usar o que temos na sala? Pode ser música, por exemplo, sem vídeos. Durante todo o culto devemos procurar manter a criança em atividade para que a tevê não seja a única forma de entretenimento e ensino nessa faixa etária. Os bebês podem ter atividades como cantar com movimentos, fantoches, aulinhas sobre a criação, brincadeiras livres com brinquedos apropriados; e, para as crianças maiores, o seu planejamento bem orientado e estruturado irá ter lições que farão a sua programação se encaixar dentro do horário do culto.

Seguir avançando

Você poderá dizer: “Parece fácil fora da sala”. Mas pense comigo: são as mudanças de comportamento para este tempo, e a igreja precisa acompanhar tudo isso, senão poderemos ter uma igreja estagnada, e não queremos isso. Eu já ouvi uma frase que gostei muito: “As águas de um rio nunca são as mesmas”. E assim deve ser na nossa igreja. Devemos estar avançando junto às necessidades das crianças e dos seus pais, que são o alvo do nosso trabalho como professores e líderes de departamento infantil.

E mesmo que nós, como professores, precisemos estar avançando com esses novos tempos, eles precisam estar sempre baseados no que cremos em Deus para que não nos afastemos da Palavra. Sejamos aqueles que estão acompanhando os novos critérios para o desenvolvimento das crianças, mas estejamos também sendo criteriosos a respeito de tudo, para não nos deixar ser guiado somente pelo mundo, mas também pela Palavra de Deus, como diz em Colossenses 3:17: “E tudo o que fizerem, seja em palavra, seja em ação, façam em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai”.

1 Comentário

  • Boa tarde.
    Excelente reflexão, irmã Socorro. Já compartilhei essa matéria no grupo da nossa igreja VV em Sepetiba – RJ. Somos uma igreja nova e desejamos andar em alinhamento. Afinal, “As águas de um rio nunca são as mesmas”.

    Na Paz de Cristo Jesus,

    Leila Márcia
    Atuando como professora do DI de 2-6 anos.

    Resposta

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