Professora do Centro de Treinamento Bíblico Rhema
Precisamos compreender que não estamos aqui para simplesmente apontar o caminho para os filhos, mas para ensiná-los a seguir o caminho. Devemos estar validados no que ensinamos aos nossos filhos; precisamos validar aquilo que transmitimos. Devemos caminhar ao lado deles, mostrando o caminho, explicando como ele é e como se deve trilhar.
“Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele” (Provérbios 22.6).
Às vezes, vemos a fase de nossos filhos mudando e sentimos um “frio na barriga”, mas Deus já se antecipou, nos exortando a semear a Sua Palavra na vida deles ainda na infância. Mesmo na fase adulta, a Palavra irá frutificar e os filhos não se desviarão dela.
“E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na oestação do Senhor” (Efésios 6.4).
O mundo tenta nos ensinar a verdade de muitas formas: por meio de estudos, profissionais e teorias. No entanto, precisamos permanecer firmes na verdade da Palavra. Podemos ouvir conselhos e ver experimentos que deram certo, mas, se esses estudos não estiverem alinhados com a Palavra, não precisamos aceitá-los. Embora o mundo mude e a modernidade avance, há algo que nunca muda: a Palavra de Deus.
Seja um exemplo!
Mesmo que os desafios de hoje pareçam maiores, a Palavra de Deus nunca estará desatualizada. Precisamos ter autoridade na Palavra e crer nela. Devemos ser exemplos e viver de acordo com o que ela ensina. Nossa responsabilidade é ensinar nossos filhos a viverem o estilo de vida de um cristão maduro, que deseja crescer espiritualmente e está firmemente comprometido com a Palavra. Crendo que ela funciona para a família, para os filhos, para o casamento. É nela que devemos buscar todas as respostas para nossa vida. Deus deseja que sejamos bem-sucedidos em todas as áreas de nossa vida.
Em II Timóteo, está escrito sobre a importância de sermos fiéis ao que foi ensinado, e que a Palavra é inspirada por Deus para nos ensinar o que é verdadeiro. Ela nos corrige!
Quer saber como fazer sua vida dar certo? Vá à Palavra!
Relacionamentos e namoro
Desde o dia em que apresentamos nossos filhos na igreja, temos a responsabilidade de guiá-los segundo a Palavra. E, mesmo que o tempo e e eles cometam erros, a semente que plantamos neles permanecerá, e a Palavra os lembrará quando precisarem recalcular a rota. Precisamos confiar no que depositamos na vida de nossos filhos.
Se você precisar de sabedoria, basta pedir! Está escrito que devemos pedir com fé, e Ele nos dará o que precisamos. Precisamos pedir sabedoria para agir como pais e saber como lidar com cada situação da vida, inclusive em relação a relacionamentos e namoro. Não se preocupe se você já está lidando com essa fase em sua casa, mas se ainda tem filhos pequenos, pode começar a abordá-la no contexto familiar.
O momento certo para falar sobre esse tema vai depender do contexto de cada família. Pode ser que sua criança chegue em casa falando que um amiguinho quer ser seu namorado, e, nesse caso, precisamos estar atentos para explicar o que é namoro, deixando claro que namoro não é coisa para criança.
Amar é uma ação
Devemos dizer que, um dia, ele vai namorar, mas precisa ser um grande homem de Deus. Identifique a fase em que seu filho está e comece a tocar nesse assunto de forma apropriada. É fundamental que sejamos os primeiros a abordar esses temas com nossos filhos. Precisamos chegar antes do mundo e, mais importante, é em casa que os princípios bíblicos serão firmemente estabelecidos.
Como pais, é essencial que estejamos abertos e dispostos a crescer em conhecimento, conforme as necessidades de nossos filhos. Nosso primeiro compromisso com o Senhor é amar nossos filhos, e amor não é apenas um sentimento, mas uma ação. Precisamos educá-los por amor, colocar limites e estabelecer regras, pois esse é nosso compromisso com Deus, e o amor de Deus age dessa forma.
O amor de Deus não é leviano; ele é sério. Isso envolve suprir as necessidades dos nossos filhos, sejam materiais ou emocionais, e também dedicar tempo de comunhão com eles. Devemos regar esses assuntos dia após dia, entendendo que cada filho tem uma individualidade única. Precisamos estar sensíveis ao Espírito para perceber o momento certo de abordar cada assunto, sem antecipar temas que ainda não foram despertados, nem atrasar aqueles que já estão sendo compreendidos.
Uma criança com uma infância bem estruturada estará mais apta a fazer boas escolhas no futuro, inclusive em relação a namoro e casamento.
O que é o namoro cristão?
É o acordo entre duas pessoas que, ao se gostarem, buscam um relacionamento mais próximo, com o propósito de se conhecerem melhor, visando o casamento.
Escolher com quem vamos casar é uma das decisões mais importantes de nossa vida. Eu acredito que seja a escolha mais importante depois de Jesus. Por isso, namoro não é algo para crianças ou adolescentes, mas para quem já está criando estrutura para o casamento.
O namoro tem um propósito! O casamento é uma aliança, e existe um tempo certo para começar a namorar. Precisamos ter consciência de que, por muitos anos, teremos que istrar os sentimentos, expectativas e emoções de nossos filhos, para que eles entrem no namoro no tempo certo, e não de forma precipitada, colhendo frutos errados.
Discernindo o tempo certo
Se você acha que seu filho já tem maturidade para namorar, pergunte-se: ele já tem maturidade para casar?
Às vezes, tratamos o namoro como algo simples, mas não é. Se eles precisam de uma idade mínima para votar, dirigir ou escolher uma profissão, também devemos entender que há uma idade mínima para tomar decisões sobre relacionamentos. O namoro é algo que deve ser vivido na fase da vida em que se busca o matrimônio.
Quando seu filho mais novo disser que quer namorar, pergunte-lhe o motivo. Raramente ele terá uma resposta madura. Ele provavelmente quer namorar para suprir uma necessidade emocional (carência), satisfazer um desejo momentâneo (beijar) ou por influência de amigos (“meus amigos estão namorando”).
Oriente seus filhos
O interesse por um relacionamento surge na adolescência, e, embora não possamos mudar o que é inerente a essa fase, podemos instruir nossos filhos sobre como se comportar diante das mudanças hormonais e emocionais. Eles começam a definir sua identidade e a perceber o mundo de forma diferente.
No entanto, isso não significa que estejam prontos para namorar. Significa que precisamos orientá-los, exortá-los e aconselhá-los. Ensine-os que os sentimentos podem levá-los a tomar decisões erradas em relação a algo que é de longo prazo. Explique que os sentimentos mudam e que eles podem esperar para tomar decisões mais maduras no futuro.
Devemos estar atentos às influências que cercam nossos filhos. Precisamos acolhê-los, estar perto deles, para compreender seu coração e ensiná-los a seguir o caminho da verdade.
